Os missionários não fazem falta apenas em países em vias de desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Também nós, por cá na nossa paróquia, estamos com uma crise tremenda de evangelização.

Veja-se, por exemplo, a nossa catequese que continua com dificuldades em conquistar novas caras, leia-se pessoas, para esta causa tão nobre quanto outras. Evangelizar junto das nossas crianças é tão importante como ocuparmos o nosso tempo livre em actividades egoístas. A catequese pode dar às nossas crianças os valores que hoje faltam em muito na nossa sociedade. Os valores que Jesus Cristo nos tentou transmitir de bondade, de entreajuda, de paixão, de sacrifício, do dar-se ao outro, entre outros, estão cada vez mais afastados da realidade da nossa sociedade.

Os próprios pais esqueceram-se desses valores que receberam dos seus pais e avós.

É urgente que façamos algo pelas nossas crianças e por todos nós. Estamos a colocar em risco a existência da nossa paróquia enquanto comunidade cristã. Seria triste que isso acontecesse depois de tanto termos trabalhado para construir a igreja que hoje nos acolhe. Voltarmos a ser uma capela de outra paróquia não é, com toda a certeza, o desejo da maior parte dos paroquianos. 

No passado dia 3 de Março de 2010, foi organizada uma reunião, com orientação do Sr. Padre Patrocínio, com o intuito de dar a conhecer as principais linhas da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à nossa paróquia.

Estiveram presentes algumas pessoas, de entre aquelas que, supostamente, estão mais ou menos organizadas em grupos ou movimentos paroquiais.

No entanto, algumas pessoas faltaram e a questão que fica é, se a visita da Imagem Peregrina é de todos e para todos, então onde estão as pessoas na hora em que é necessário dar a cara pela organização de actividades?

Sem querer moralizar, fica aqui o repto: dai um pouco do vosso tempo, não só pela visita da Imagem Peregrina, mas também por outros movimentos. Não custa nada, a não ser um pouco do vosso precioso tempo. Irão sentir-se melhor quando verificarem que os outros ficam satisfeitos por tudo aquilo que se possa fazer por eles.

A fé é também dedicar-se um pouco aos outros, mesmo que limitados ao nosso tempo ou ao pouco que possamos fazer, mas que será sempr muito aos olhos de Deus e dos outros. A fé é também ensinar aos outros a caridade, a disponibilidade, a simpatia, a alegria, o convívio salutar.

A todos, bem-haja por tudo o que têm feito ou que possam fazer!

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